sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Shiatsu


Fundamentos do Shiatsu.
O mundo globalizado em que vivemos hoje exige um grau de estresse bastante alto do qual não podemos fugir. Temos entretanto que aprender a controlá-la partindo do equilíbrio de energia positiva e negativa gerada por esse corre-corre da vida moderna. Hipertensão, colesterol elevado, diabetes, úlceras nervosas, dores de cabeça e etc. são algumas das várias conseqüências desse estresse e que muitas pessoas acabam adquirindo outras patologias quando apenas procuram uma forma medicamentosa alopática sem o combate ou controle efetivo da causa. Para ajudar nesse processo, vem crescendo as terapias alternativas e entre elas o Shiatsu.
Nascida no Japão teve sua origem em outra massagem chamada Amna que utiliza técnica como esfregar, apalpar, apertar com dedos e etc.

Embora cada shiatsoterapeuta use uma variedade de técnicas associadas, todas partem de um princípio comum fundamentado na força vital conhecida como "Ki" ou "Chi", para nós ocidentais, traduzida como energia, fato inegável em qualquer crença. Se nosso corpo tem energia ela corre por algum lugar e deve ter um caminho chamado de meridianos assim como o sangue corre pelas artérias e veias. Segundo a teoria japonesa, cada meridiano está ligado a um órgão ou função psicofísica e seu respectivo "Ki" podendo ser tocado em certos pontos ao longo de seu trajeto representado por um verdadeiro mapa que são os mesmos da acupuntura, uma especialidade reconhecida pela Medicina. Em japonês esses pontos são os "Tsubôs".
Quando estamos com nossas energias em equilíbrio, tudo vai bem. Entretanto, qual de nós seres mortais, consegue isso? O Shiatsu consiste em tocar nesses pontos de fluxo interrompido de energia e liberá-los. Como os rios de uma cidade, o lixo acumulado em determinado ponto impede as águas de circularem livremente ficando antes da obstrução um excesso de água e depois, pouca água corre no leito. Com os meridianos pode ocorrer o mesmo. O ponto de acupuntura chamado de "Tsubôs" é onde a energia "Ki" pode ser interrompida gerando um excesso antes e falta depois. Os japoneses nomearam esse excesso de "Ki" de "Jitsu" e a deficiência de "Kyo". Esse ponto de transferência de energia é aceito também por nós ocidentais e chamados de "gatilho" ou "desencadeador" onde o músculo é estimulado a contrair e relaxar. No tato, o terapeuta experiente consegue identificar "Jitsu" de "Kyo" porque o primeiro pode doer quando tocado e geralmente se apresenta tenso. O segundo, ao contrário, não dói e quando tocado reflete uma espécie de "dor gostosa" ou sensação agradável pois o terapeuta está fornecendo energia naquela região. A arte de tocar no Shiatsu consiste em equilibrar os meridianos Kyo e Jitsu.
Outra sabedoria oriental e que não podemos negar, é a existência de forças de energia positiva e negativa em todas as coisas e seres vivos a qual denominam Yin e Yang, forças opostas e complementares. O Yin corresponde à escuridão, ao frio, úmido, receptivo, acuado e etc. O Yang, ao claro, quente, seco, ativo e etc. Sendo assim, nada é totalmente Yin e nada totalmente Yang. Quando estamos, digamos... "pra baixo", deprimido e triste, sempre haverá "uma luz no final do túnel" da mesma forma quando estamos alegres, bem disposto e sem dor, sempre haverá alguma coisa incomodando. Daí o tradicional símbolo redondo japonês metade claro, metade escuro com um ponto escuro no claro e um ponto claro no escuro. A completa felicidade não existe assim como a profunda tristeza. Quando nossas energias começam a ficar Yang, com tudo se encaixando, alguma coisa, do nada, dá errado. Pessoas que sofrem de depressão, em algum momento de suas vidas têm alegrias, mesmo que em curto espaço de tempo. O dia amanhece, os pássaros cantam, o sol brilha no horizonte fazendo a energia Yang crescer. Aos poucos, ao entardecer ela vai diminuindo dando lugar à energia Yin com o sol indo embora, a noite chegando e mais uma vez os pássaros cantam de forma meio melancólica. Entretanto, outros bichos, os da noite, cantam de alegria assim como determinadas flores exalam seu perfume como a "dama da Noite" mostrando o lado "Yang" da escuridão...
É bom que se diga. Mesmo sendo uma terapia alternativa é preciso ter habilitação além da empatia própria de quem gosta de cuidar de gente. Escolha bem o seu terapeuta.

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